terça-feira, 26 de junho de 2012

Antifascismo?

Há muito tempo venho pensando sobre o que seria em si "Antifascismo" apos muito pensar resolvi expor meus pensamentos, caminhos até eles e conclusões para que se reflita mais acerca do tema talvez até se leve essa discussão a diante, muita gente se diz antifascista, outras Antifa e existe gente diz se opor ao fascismo mas sem a necessidade de qualquer rotulo. A questão que quero abordar é o que significaria isso em si e porque.
Há tempos atrás desde os meus 13, 14 anos exatamente eu já me declarava como Antifa que seria em teoria a abreviatura de antifascista por motivos obvios, quem é contra o fascismo seria antifascista certo? Mas o que é fascismo exatamente? O criador do fascismo Benito Mussolini o definiu como "tudo para o estado, nada contra o estado, nada fora do estado" ou seja o fascismo seria uma ditadura absoluta de um estado, e uma ditadura no sentido literal. Mas estou abordando o que é fascismo somente porque não se surpreenda, muita gente se declara antifacista sem nem ao menos saber o que é fascismo. Essa definição de fascismo parece boa para o fascismo em sua forma política, mas exclui as outras conotações que ganhou, Stalin definiu toda forma de coerção individualizada (ou seja conduta imposta por um individuo a outro de forma autoritária) como fascismo social, é ae que entra o fascismo nos rolés, o fascismo social.
Mas eu disse que me declarava antifascista, porque você não se declara mais? resolveu apoiar o fascismo? Não, muito pelo contrario, só resolvi refletir melhor sobre o que poderia significar em si ser antifa. Foi em conversa com um colega anarkopacifista uma vez que ele me disse que não portava tal rotulo por que isso havia se ternado sinonimo de caçador de fascista, pessoas que saem na rua procurando grupos que se reivindiquem fascistas ou antiantifas, sendo ele um pacifista adepto da não violência não haveria o porque usar esse rotulo, o que a principio fez sentido. Porem refletindo sobre o que poderia ser uma atitude fascista levando-se em conta o conceito de fascismo social, cheguei a conclusão de que tal atitude violenta em si que poderia ser tachada de fascista, não digo a atitude de ver uma pessoa apanhando e entrar para defende-la ou a atitude de se defender de uma agressão ou até mesmo responder uma ameaça de agressão, mas digo procurar pessoas cujas simbologias ou ideias políticas sejam X e iniciar agressão a elas. Ora, isso se trata de uma forma clara de censura e censura política, por mais que os objetivos sejam libertários os metodos são sem duvida fascistas. Uma coisa seria se vingar de alguem que já tenha feito algo diretamente a você ou um amigo seu (coisa que tanbem não apoio, mas não seria em si uma atitude fascista), outra é você ir atras, literalmente caçar alguêm com uma ideia oposto com o objetivo de autoritáriamente reprimila. Nessa reflexão me lembrei então de outro texto entre a diferença em si do antifa e do fascista seria que um tem um discurso (dã) contra o fascismo e o outro a favor, logo o fascista está coerente com seu discurso ao agir de forma violenta e repressora, o antifascista não. Seria então qualquer forma autoritária de antifascismo contraditoria, o verdadeiro antifascismo deveria ser uma conduta que batesse de frente a qualquer postura fascista logo uma postura pelo menos a principio pacifica.
Chegando a essa conclusão estava prestes a retomar o rotulo quando resolvo pesquisar a origem histórica do termo o que explicou até muito da cena antifascista hoje, sua origem remonta a revolução espanhola, quando Franco dava um golpe fascista e anarquistas e comunistas (tanbem alguns liberais e republicanos) se levantam para combater o golpe, porem acabam adquirindo durante a guerra atitudes tão autoritarias quando a dos próprios fascistas, perseguindo e matando muitas pessoas que nada tinham a ver com o fascismo, não demora pra esse clima mutuo de opressão transformar tudo numa briga por poder, alguns grupos até traem e trocam de lado constantemente. Ao invés de se unirem para destruir o poder, as pessoas transformaram sua única forma de resistência numa luta pelo poder até entre eles próprios. É claro que com tudo isso só sairam ganhando os fascistas que legitimaram seu discurso e ainda venceram a guerra se valendo dos conflitos dos adversarios. Agora fica a pergunta, queremos repetir esse erro? Queremos mesmo transformar uma luta contra o poder numa guerra pelo poder?
Faça guerra Contra as guerras. Destrua o poder não o povo.


Pseudônimo Antifascista (05/2011)

Um comentário:

DaviZittu disse...

Cara eu achei legal essa visão que você colocou, mas acho que isso vai acabar saindo fora do foco.

Afinal na rua e nos movimentos em geral, existe uma verdadeira GUERRA. Anarcos e Fachos estão em guerra faz aí uns 200 anos vai haushaush.

Mas é sério, as IDEOLOGIAS são inimigas. O Anarco, por mais pacifista que seja, sabe que vai ser atacado. Então porquê estaria errado atacar antes? Porque seria errado dar um jeito inteligente de destruir os grupos opositores? È GUERRA MESMO, eu não gosto de violência mas não acho que seja errado.

Eu defino isso da seguinte maneira "A violência é sempre algo a ser evitado. Mas se for nescessário, faça sem dó."

Se houvesse uma força inteligente atrás, anotando, investigando, descobrindo onde que os fachos tão colando e seus esquemas era mais facil acabar com eles. Eu não acho isso legal. Mas eles fazem isso também. Tantp é que já usaram até perfil fake de minazinha hardcore pra ganhar rolets onde a galera tava trocando umas idéias "mais sérias" e plnejando os próximos passos.

Temos que analisar bem essas coisas.