segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Lutador anarquista pode deixar Pedro Rizzo sem adversário no Bitetti Combat


Nem todo atleta de MMA (Vale Tudo) tem como prioridade apenas lutar ou falar sobre seus combates.
O americano Jeff Monson, por exemplo, compete desde 1998, tem 39 lutas no cartel, mas quando é procurado pela imprensa sempre dá um jeito de conversar sobre política.
O problema é que ele não se contenta apenas em falar. Monson tem o hábito de extravasar suas crenças ideológicas por meio de um ato pouco nobre sob o olhar da sociedade: a pichação de patrimônios públicos.
Ele é acusado de ter pichado o símbolo da anarquia no Capitólio de Washington e agora corre risco de ficar três meses preso e de ter de pagar US$ 20 mil de multa.
Sua próxima luta está programada para o dia 12 de setembro, no Maracanãzinho, contra o carioca Pedro Rizzo, pelo evento Bitetti Combat.
Rizzo, renomado atleta brasileiro com mais de 12 anos de estrada no MMA, continua se preparando para encarar Monson daqui a cinco semanas e disse a este blog que nada sabe sobre uma eventual mudança de adversário.
“Ninguém da direção do Bitetti comentou nada comigo sobre eu ter que enfrentar algum outro atleta no lugar do Monson. Estou me preparando para lutar com ele. Estou treinando, focado nele e não sei o que vai acontecer”, disse Rizzo.
O brasileiro acredita que até o dia da luta seu adversário terá se resolvido com a justiça:
“Acho que essa história de recolherem o passaporte dele não será um problema. Até o dia da luta ele vai ter arrumado isso”, previu.
Rizzo nocauteou Monson em 2007, no evento Art of War, e espera repetir o mesmo enredo quando fizer uma das principais lutas do Bitetti Combat.
O brasileiro garantiu que está preparado para lutar contra Monson em qualquer terreno. Inclusive, no solo, onde o americano é especialista. “Estou com uma base boa de luta olímpica. Vou para cima, espero conseguir um nocaute de novo”.
O técnico de luta olímpica de Rizzo, Antoine Jaoude, também comentou a situação vivida por Monson:
“Ele (o Monson) é louco. Tudo se espera dele. Ele já esteve em atos de confrontação em Washington. Conheço ele há muito tempo já. Ele é um idealista. Acho que é válido, mas tudo na hora certa, não antes de uma luta. Isso é ruim para a carreira dele. Acho que o Pedro vai estar preparado para quem vier”, falou Jaoude.
Sobre a luta contra Monson, se ela acontecer, previu um nocaute para Rizzo, mas acha que será mais duro do que foi em 2007: “Acho que será uma luta dura. Com certeza, talvez não seja como foi a primeira luta, já que o Monson conhece o jogo do Pedro. Mas acho que dá nocaute para o Pedro. A equipe está motivada. Faltam cinco semanas para a luta. Agora começa a parte intensiva do treinamento”, finalizou.
A justiça americana já pediu o passaporte de Monson e estbeleceu uma fiança de US$ 20 mil para que ele não seja preso.
Monson se declarou inocente das acusações, apesar de aparecer em uma foto publicada na ESPN Magazine pichando uma coluna que parece ser do Capitólio.
Seu advogado entrou com um recurso para que Monson não tenha seu passaporte aprendido. O lutador americano, especialista em jiu-jitsu, dependerá disso para comparecer ao Bitetti e a eventos da Rússia e do Japão.
Notícia retirada do blog do terra!
link direto:

Mais um texto pela causa Feminista


"Apesar de antigas, andei relendo aquelas notícias sobre as mulheres de Teerã, desde 2001, e acabei me perguntando algumas coisas: Por que as mulheres são tão discriminadas? Por que muitas vezes as mulheres se deixam discriminar? Por que tratam as mulheres como animais reprodutores?
Primeiro, em 2001, uma mulher (Maryam Ayyubi) é apedrejada até à morte por motivo desconhecido, por homens de direita. Depois, uma jovem conhecida como Nazanim em 2006entra para a fila das condenadas à morte, por ter se defendido de dois homens que queriam violentá-la. Em 2007, soube que a mulher neste mesmo país vale metade da vida do homem. Esse ano teve o caso de Neda Agha Soltan, morta por um bassiji. E aí, quando protestam, são mais reprimidas. Houveram casos em repressões à protesto contra
E não é só no Irã não. Na China houve um caso em que, uma criança de menos de um ano foi morta por policiais, exatamente por que seus pais tinham dois filhos já e por que era... MENINA! E é nesse país mesmo que dizem que “filhas são um disperdício”. Disperdício? DISPERDÍCIO? E mais, até 2006 mais ou menos, prendiam mulheres que tinham posse de camisinhas, por que julgavam que, portando camisinha eram prostitutas.
Aqui no Brasil, casos de mulheres sendo espancadas, mortas, meninas sendo violentadas muitas vezes pelo seu próprio progenitor (por que pai é aquele que ama e protege). Mulheres sendo tarimbadas, taxadas, rotuladas. E fico puta da vida, quando vejo algumas mulheres não fazendo nada, por comodismo, enquanto outras, se “matam” na luta contra o preconceito, contra o sexismo, contra o machismo, contra a Homofobia. E outras tentando vencer o medo e botar a “boca no trombone”! E já ouvi que, mulher tem que ter o salário mais baixo que o do homem por que engravida, que não deveria ter direito à licença maternidade, e que se ferrassem se tinham filho, que trabalhassem com ele no braço. EM QUE MUNDO VIVEMOS?
Violência doméstica é a principal causa de lesões em mulheres de 15 à 44 anos; 20% foram vítimas de abuso sexual na infância, 69% já foram agredidas ou “violadas”, o salário da mulher é em média 25% menor que o do homem sendo que, muitas vezes cumprem 13% além da carga horária, e mesmo assim, no Brasil a expectativa de vida dos homens é de 65,1 anos e das mulheres de 72,9, o que prova que SEXO FRÁGIL É O CARALHO!
Segundo a Anistia Internacional, mais de um bilhão de mulheres no mundo, uma em três mulheres, foi espancada, forçada a manter relações sexuais, ou sofreu algum tipo de abuso, por parte de parentes ou conhecidos.
Creio que temos de celebrar o protesto feminino, por que é sinal que a cultura do machismo, está começando a se dissipar e que, as mulheres estão tomando frente, muitas vezes tementes, mas continuam indo em frente, rompendo com a escuridão, e lutando pelos seus direitos e pela sua liberdade, mostrando que temos nosso valor como ser humano. Deixando esse grito de revolta à solta. Eu digo: NÃO TEMA MULHER! NUNCA TEMA, POR QUE JUNTAS, NÓS PODEMOS!

E agradeço, por terem homens que nos valorizem, que estão lado a lado, na luta pela causa feminina. Obrigada a todos os homens que estão ao nosso lado, hoje e sempre e NUNCA TEMA MULHER, POR QUE TU PODES!





Agradecemos a nossa amiga Marcela pelo texto.
Bom saber que alguém se interesse em ler o Blog e se interesse pelas causas!
Agradeço Novamente

Azeitona!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Você não precisa assumir uma posição política, basta ter uma postura contra as corjas fascistas.

Decidi fazer esse texto, devido à pré-julgamentos ocorridos ultimamente em relação ao blog.
Acho interessante deixar bem claro que cada um tem a sua liberdade de escolha em querer envolver política no rolê, ou não. Ninguém desrespeita um trad, até mesmo porque seria contraditoriedade nossa (minha tb, já que sou skin) boicotá-los. Aliás, essa coisa toda de boicotar trads e todas as outras vertentes skins, é coisa de careca (e ainda tem uns "trads" que custam em defendê-los e não se incomodam com a presença deles em algum lugar que costumam frequentar). A questão que tanto colocamos ênfase e tanto queremos ver em relação as cenas undergrounds é a posição de COMBATER àqueles que deturpam toda a nossa cultura.
É realmente decepcionante uma pessoa decidir colocar um visual skin, pagar de bom bebedor e se dizer trad, não por real amor a sua cultura, mas por apenas se auto-afirmar e encontrar o método mais fácil e rápido pra isso. Por achar que ser tradicional, é não precisar ter uma postura perante carecas, e nazis (por íncrivel que pareça, tem "trads" que nem se lixam pra nazis), o que é um erro. Aliás, essas pessoas que se dizem trads, nem ao menos podem ser consideradas assim, pois, falam com todo o mundo e nem ligam se tem um careca no mesmo rolê que o deles, já que a moda agora, é ser skinhead. Trad de verdade, não é bem assim e vale citar esse ponto de vista e defendê-los, principalmente pros punks que começaram a abrir a cabeça agora em relação aos skins e ainda têm o pé atrás em relação à eles. Há muitos trads, trads de verdade, que sentem total repulsa por carecas e qualquer escória fascista e nazista. São pessoas que não envolvem sua política no rolê, mas nem por isso se corrompem tolerando qualquer tipo de sujeira envolvida. São aqueles que têm plena consciência que a cultura skin, é uma cultura das ruas, de jovens do subúrbio, pobres, trabalhadores. Sabem que fascismo, nazismo, são coisas incabíveis dentro de qualquer cultura underground, já que são ideologias extremamente conservadoras e burguesas. Já a esquerda, condiz muito mais com as características nossas, então não há porquê querer combatê-la. Mesmo que haja skins que tenham a opinião de achar a política uma merda em sua cultura, a política é algo que não dá pra combater, que existe em qualquer lugar, e não é necessariamente aquela política de se dizer anarquista, fascista ou comunista. É a política dos atos, a política de suas atitudes, é a sua postura muitas vezes. Não estamos mais em 69, e se há skinheads que querem mostrar o lado antifascista de maneira aberta e se querem se dizer anarquistas para todos ouvirem, isso não deixa de ser um fator muito positivo, em resposta aos fachos que sempre estão aí deturpando toda a nossa história, mudando todos os nossos valores. E não é por isso, que os skins anarquistas e comunistas convictos, vão boicotar os trads, aliás, quem nos conhece sabe que temos amizade com trad sem o menor problema e que não obrigamos ninguém a tomar uma posição e se auto-intitular anarquista ou algo do gênero. A única coisa que criticamos e que vamos continuar criticando e pisando no calo de muita gente por aí, é que NÃO TOLERAMOS CARECAS, NEM NAZISTAS. E vamos continuar NÃO TOLERANDO. Vamos continuar não aceitando e combatendo as pessoas que dão moral pra esse tipo de corja, pois estas pessoas, simplesmente estão pouco se ligando em preservar nossa cultura, só querem tomar a sua cerveja e deixar que os otários tomem posse de tudo e estraguem todo o suor feito.
Todos sabem que a união entre punks e skins no Brasil, já foi utopia. Graças aos skins que têm uma posição política e aos punks não sectários, essa união já foi concretizada, mesmo havendo muitas pessoas criticando. Graças à isso, deu pra unir o útil ao agradável e com pequenos passos, foi possível mostrar para muitos punks, que os trads não são pilantras que pagam pau pra careca. Então, aos pseudo-trads; por favor, a única posição que pedimos, é que vocês tenham a postura mais óbvia e que nem precisa ser dito, mas vale repetir: A de terem consciência que os carecas com calças camufladas e suspensório de pára-quedas, não são skinheads e nem merecem nossa moral. Vocês não precisam envolver a política de vocês nos rolês, mas evite queimar a nossa cena, dando moral pra "ex-nazi", nazi e carecas. Se vocês são pacifistas e só querem tomar a cerveja de vocês, preferindo falar com todo o mundo por medo de tomarem um prejuízo, então por favor, virem hippies, pois vocês já estão "carecas" (haha) de saber, que tretas sempre acontecem e não tem nenhum santinho nesse rolê. Então peço para parar de tentarem ser "bons samaritanos" e pacifistas. Se não querer tretar, não precisa, apenas tenham vergonha na cara de tomar uma posição contra as escórias que deturpam nosso rolê. Ser skinhead não é só colocar um visual e beber cerveja. É ter uma postura e não necessariamente política, mas contra àqueles que colaboram para queimar o nosso nome, uma postura de não ficar defendendo careca, já que se 5 carecas trombam um trad sozinho na rua, esse trad COM CERTEZA vai tomar um pau, pois, nem os próprios carecas gostam de trad. A não ser que o trad que está sozinho, tenha os seus contatos carecóides e seja baba ovo deles, para ganhar um pano. E de boa, quem vive em cima do muro, ganhando pano dos outros, é comédia.

Análise da Guerra Civil Espanhola




A Guerra Civil Espanhola foi um dos conflitos mais marcantes antes do século XX, tanto em aspectos militares quanto ideológicos. Apesar de a Espanha ter aproveitado o fato da Primeira Guerra Mundial para crescer economicamente, as condições sociais não eram as melhores, e com a crise de 29 aumentaram os protestos e greves por parte da classe trabalhadora. Protestos estes quase sempre organizados pela FAI-CNT, confederação anarquista, a qual tinha os ideais difundidos cada vez mais entre os operários.


Com freqüentes mudanças no poder, um fato importante de ser lembrado é a formulação da constituição de 1931, que trouxe mudanças drásticas, como por exemplo, Parlamento unicameral, regime parlamentarista, sufrágio universal, extensivo às mulheres e aos soldados, e autonomia regional para o País Basco e a Catalunha.


Com o passar do tempo há uma discórdia entre os movimentos populares, comunistas e anarquistas, já que os libertários aderiram a uma greve de voto, porém com o grande numero de presos por causa de protestos e atentados contra a Igreja, voltaram a dar apoio aos comunistas, a fim de conseguirem anistia. Em Fevereiro de 1936 a Frente Popular vence as eleições e em menos de um ano a direita concretiza um golpe militar.



Milhares de voluntários esquerdistas e comunistas que vieram de todas as partes (53 nacionalidades) para formar as Brigadas Internacionais (38 mil homens) para lutar pela defesa da República que já contava com a ajuda da União Soviética. O México apoiou a causa republicana de forma militar, diplomática e moral. Apesar de neutra, a França auxiliou a republica com pilotos no inicio da guerra.


Os nacionalistas, liderados por Franco, ocuparam as regiões onde obtiveram o maior número de votos e o mesmo fez à esquerda, e entre seus domínios estavam Madrid e Barcelona.


Os EUA vendiam aviões aos republicanos e combustíveis a Franco. E a maioria das embaixadas dava apoio humanitário, como asilo político.


O exercito nacionalista com a ajuda de aviões da Itália fascista e Alemanha nazista, permite a passagem de tropas vindas de Marrocos pelo sul da Espanha e começaram a utilizar a estratégia nazista blitzkrieg, que consistia em ataques devastadores e rápidos.


No principio houve resistência, mas os anarcossindicalistas se juntaram a membros da POUMD para formar um exercito organizado, que com o passar do tempo começou a haver conflitos ideológicos. Stalin temia que a revolução social desencadeada pelos anarquistas e trotskistas pusesse em perigo a defesa da República, então pediu para que houvesse uma reordenação na milícia. Enquanto o exercito nacionalista contava com aviões e blindados, a Frente Popular ia apenas com a estratégia de enfrentamento homem a homem. Com essas condições estava sendo muito difícil resistir aos ataques do exercito de Franco, ainda mais por que a esquerda trazia uma nova política totalmente revolucionária, onde não havia total estabilidade nesse período.



Enquanto os socialistas estavam mais envolvidos com a política, os anarquistas levaram para pratica a idéia de uma revolução social. Ainda que com a oposição dos republicanos e da União Soviética, em Aragão e na Catalunha os trabalhadores passaram a viver de acordo com a coletivização, a reforma agrária teve sucesso apesar de que Franco estava com as melhores regiões para produção.



Os últimos meses da guerra foram marcados por duras batalhas - Jarama, Belchite e Teruel - e massacres indiscriminados da população civil, especialmente em Guernica, no País Basco, arrasada pela aviação nazista em abril de 1937, com 1.600 mortos.


Em 1938 Franco já ocupa quase todo o território espanhol e fechou o cerco contra os republicanos que estavam na Catalunha. O golpe se concretizou quando invadiram Barcelona e Madrid se rendeu após sucessivos ataques aéreos. Esta que foi a última contra-ofensiva, com a derrota dos republicanos, ficou marcada a rendição dos esquerdistas, que se renderam no dia 1o de abril de 1939. Essa derrota foi seguida de uma cruel repressão do regime de Franco, que fuzilou cerca de 50.000 republicanos.


Alguns pesquisadores calculam mais de 400 mil espanhóis mortos e uma queda enorme na economia, como a morte de mais da metade do gado, a queima de vários campos e milhões de moradias destruídas. Um abalo financeiro e queda do PIB que demorou quase 30 anos para se normalizar.



A década de 30 na Espanha apresentou uma série de fatores fizeram com que o povo espanhol se erguesse e mostrasse resistência contra o fascismo que se espalhava na Europa. Povos de culturas diferentes que se submetiam ao governo espanhol, camponeses, operários, todos se uniram para ter uma vida livre de totalitarismo e hipocrisia que a Igreja e o governo tinham nesse período, onde se defendia primeiro as necessidades da Instituição e só depois o povo.


Ainda nesse clima de caos e instabilidade que se mostrava a Espanha, que homens como Durruti mostravam que é possível uma organização social baseada na autogestão e na igualdade, e que esses ideais resistiram até hoje porque são muito mais fortes do que o egoísmo e o desejo de poder que é levado pela sociedade.